terça-feira, 10 de novembro de 2020

Review do Prisioner: Persona 4 Golden

 

Pois é, após um mês um pouco turbulento, finalmente estou ressuscitando esse blog. Agora que a página já está relativamente grande, acredito que teremos mais visualizações aqui no blog, onde posso escrever de boa sem mensagens de “muito texto”, “textão”, “quando sair o filme me avisa” e cacetada, então BORA QUE BORA SEU BANDO DE LOLICON DA DESGRAÇA!

REDES SOCIAIS SÃO A DESGRAÇA DA HUMANIDADE E SÓ SERVEM PRA ESTRESSAR! NEM TUDO É POLÍTICA! VÁ PRO INFERNO NEIL DRUCKMANN! AAAAAAAHHHHHHHH!

Pronto, soltei. Agora vamos parar com essa merda e ir logo pro assunto dessa budega de artigo.

“Ain Prisioner, como assim você vai analisar um jogo de 2008”. CALADO MILLENIAL! VOCÊ NÃO SABERIA APRECIAR ARTE NEM SE ELA FOSSE UMA RUIVA PEITUDA METENDO AS COXAS NA SUA CARA! Sim, eu sei que é um jogo relativamente antigo – detalhe que apenas o Persona 4 “vanilla” é de 2008, a versão Golden foi lançada em 2015 pra PSVita e foi portada pra Steam nesse ano, então não é tanto tempo assim. Apesar de que já estamos no Persona 5, que infelizmente eu não tive a oportunidade de jogar ainda, pois eu tenho um PC gamer e não um PS4, e vou ter que esperar o port dele pra Steam, que graças a Lorde Vader está mais perto do que parece devido ao grande sucesso do port do P4G que será analisado nesse artigo, e que eu só tive a oportunidade de jogá-lo recentemente. O meu primeiro console foi o PS2, para qual o Persona 4 foi lançado inicialmente, mas na época eu era só uma criança remelenta e gorda que não entendia porra nenhuma de inglês, algo essencial para entender o jogo. Apenas agora que eu sou um adulto chadão, lindo e inteligente eu consegui jogá-lo.

Tá, exagerei, eu ainda sou um gordo inútil, mas agora eu falo inglês. TÁ ARREPENDIDA DE TER ME ABANDONADO AGORA, MARIAZINHA? RÁ! Tá, agora eu paro de enrolar, prometo.

Persona é uma série de JRPG que começou como um spin-off de Shin Megami Tensei, outra série de JRPG que possui títulos satanicamente difíceis e que sequer foram traduzidos direito pro inglês e que causariam a 3ª Guerra Mundial caso caíssem nas mãos do Putin. Um belo dia, algum japonês da Atlus assistia seu hentai onde um robô gigante fazia as posições mais difíceis do kama sutra com uma colegial quando percebeu o perigo iminente que SMT poderia causar, então ele chegou até os chefões da Yakusa Atlus e os convenceu que era necessário produzir um spin-off um pouco mais fácil. E foi assim que nasceu a série Persona.

No início, Persona era uma série de spin-offs não tão espetaculares pro Playstation onde algum mistério ocorria em algum cenário urbano e no final o jogador era colocado em um confronto com seres mitológicos como Odin, Lúcifer e Hitler. Sim, é sério, Hitler é o boss final de Persona 2. Até que um belo dia decidiram transformar Persona em um misto de Dungeon Crawler com simulador de encontros, o que foi a decisão mais acertada que a Atlus já tomou, pois foi assim que surgiu Persona 3, que uniu as maiores paixões dos japoneses: saquear dungeons, matar demônios, montar combos em RPGs e violar calcinhas de colegiais. P3 não foi um sucesso absurdo, mas foi o suficiente para a Atlus querer produzir o Persona 4.

E, sério, graças a Sidious que isso aconteceu, pois Persona 4 é um dos melhores jogos da história.

Pronto, já te convenci, AGORA VAI JOGAR SEU FARISEU! MALDITA FUMAÇA DA CENSURA!

            Persona 4 foi a investida final da Atlus no Playstation 2, que teve sua versão Golden para o PSVita e foi portada para PC nesse ano para que a Atlus testasse se vale a pena lançar Persona 5 e seus outros jogos no PC, e obteve uma resposta MUITO positiva, pois esse jogo relativamente antigo vendeu pra um caramba, o que deixou as expectativas dos japorongas bem altas. Em relação à versão vanilla, o Golden possui algumas cenas a mais, uma dungeon a mais, uma personagem nova e te castiga caso você decida meter um galho na cabeça da sua namorada, que eu vou falar mais pra frente.

Porém, independentemente da versão, digo seguramente que Persona 4, tanto o vanilla quanto o Golden, é um dos melhores jogos e RPGs da história, e se você não jogou ainda, deveria ir jogar imediatamente, pois não vai se arrepender. Ainda assim eu recomendo a versão Golden devido à grande quantidade de mecânicas e cenas novas que foram adicionadas.

"Então Chie, eu menti, na verdade eu não tenho Netflix e eu acho que você já sabe aonde eu quero chegar, então vamos logo"

Aqui, você assume o controle de um colegial japonês que foi enviado para viver com o tio por um ano na cidade do interior chamada Inaba após atrapalhar a transa dos pais 10 vezes seguidas, assim dando um descanso pros velhos. O protagonista não possui nome (na verdade ele tem, Yu Harukami, porém isso só é revelado no anime, o que é a mesma coisa que jogar com GameShark), ficando a seu cargo nomeá-lo (prevejo pessoas o nomeando como Paunocu de Souza), nem personalidade e diálogos definidos, com todos os diálogos dele no game sendo opções de texto que devem ser escolhidas por você. O motivo dele termn sido feito desse jeito foi por uma fórmula já antiga nos games e que é usada desde a época dos RPGs de 8 bits, estando presente em The Legend of Zelda, Chrono Trigger, Pokémon e diversos outros títulos ao longo da história. Esse conceito basicamente serve para fazer com que você enxergue a si mesmo no protagonista. A personalidade dele será a sua, seus diálogos serão os seus, seu nome será o que você der, ele irá representar você naquele mundo. Ele pode ser desde um emo depressivo que fala bruh, um FPD zuero que zoa até a mãe e perde o amigo, mas não perde a piada, um cara bonzinho e educado, ele será você. Devo dizer que esse conceito foi aplicado de maneira magistral em P4 e que houve vários momentos que eu consegui me enxergar lá dentro, conversando e rindo com meus amigos.

Como toda cidade no interior, o local é bem tranquilo e não tem muitos lugares pra ir ou muita coisa pra fazer além de ir pra escola e fazer amizades, mas como precisa acontecer alguma coisa pra jogar, então PÁ! Acontece um assassinato! Além disso, o assassinato é tremendamente bizarro e a polícia não consegue explicar absolutamente nada sobre ele, nem como aconteceu e nem nenhum suspeito. Logo, você é invocado para a misteriosa Velvet Room pelo estranho judeu Igor e descobre sobre os Personas, uma espécie de alter ego que fornece poder para os personagens e que eles controlam nas várias batalhas do jogo.

Após alguns dias, a sua amiga Chie conta uma lenda urbana local sobre o Midnight Channel, um canal de TV misterioso que só vai ao ar na meia-noite de noites chuvosas e que lhe mostraria a imagem de sua alma gêmea caso você assistisse. Você decide testar o boato e a imagem de uma garota aparece na TV, e a mesma garota aparece morta alguns dias depois. No dia seguinte, você e seus amigos descobrem que têm o poder de entrar na TV e podem assim parar em um bizarro mundo que se parece muito com um estúdio barato de televisão que certamente foi usado pelo Silvio Santos em algum momento dos anos 80. Lá, vocês conhecem a estranha criatura Teddie, que aparenta ser o único ser racional daquele lugar e que conta a vocês que recentemente pessoas estariam sendo atiradas naquele mundo. Então, vocês percebem quem aparece no Midnight Channel são essas pessoas que Teddie diz que são atiradas em seu mundo e que caso elas não sejam resgatadas até a próxima noite de chuva, aparecerão mortas em seu mundo. E assim se inicia uma verdadeira corrida contra o tempo, pois além de resgatar as vítimas antes que elas sejam mortas e tentar descobrir quem é o assassino, o grupo ainda precisa conciliar tudo com as suas vidas normais de adolescentes colegiais, precisando de tempo para estudar, sair com os amigos, participar de clubes, namorar etc.

A história do jogo é bastante simples, nada de debates políticos incrivelmente complexos, vilões megalomaníacos e tridimensionais que fazem você questionar vários aspectos da sociedade nem nada do tipo, são simplesmente adolescentes que tentam viver suas vidas enquanto salvam as pessoas de um caso que a polícia não é capaz de resolver, e é justamente aí que reside a sua força. O que temos aqui é um dos enredos de mistério mais bem-escritos da história dos games junto com personagens extremamente realistas e relacionáveis, tudo isso culminando com uma narrativa muito madura sobre autoaceitação, amadurecimento, crescimento, amizade, dominar seu “lado negro” e fazer com que suas qualidades sejam maiores que seus defeitos, emitindo uma mensagem extremamente profunda e que pode ser aproveitada por qualquer pessoa.

Posso afirmar isso de pé no chão. Essas mensagens me ajudaram a enxergar algumas coisas que eu realmente precisava e a tomar algumas atitudes necessárias pra arrumar certas coisas. Nunca pensei que um jogo sobre adolescentes do interior do Japão mudaria tanto a minha vida.

Além disso, nada é jogado na sua cara e você realmente precisa botar essa massa amorfa na sua cabeça que você não usa a anos pra funcionar. Nos momentos decisivos da história, você realmente vai precisar sentar, reunir as informações e pensar se quiser seguir em frente. Para estimular isso, o jogo possui sete finais, mas apenas dois são bons, e mesmo assim apenas um é o verdadeiro. Dessa maneira, quem falhar na hora usar o cérebro vai ficar tão puto com o final ruim que vai querer voltar e fazer tudo certo só pra liberar o final bom. Genial, não?


Em relação a parte técnica, o jogo é bastante competente.

O sistema consiste basicamente em dungeons organizadas em andares, onde cada andar é mais difícil que o anterior com um boss no último andar, e um sistema clássico de batalha de turnos. Cada personagem possui aptidão melhor ou pior pra determinada função enquanto o protagonista é completamente versátil e pode ocupar qualquer papel, cabendo ao jogador montar o time que mais se adeque ao seu estilo de jogo. Alguns membros do time possuem mais força física, outros mais poder mágico, alguns muita vida pra aguentar a maioria dos ataques enquanto outros muita agilidade para desviar etc. O diferencial do protagonista para os outros personagens é que ele é o único capaz de trocar de Personas, sendo esse o fator que o torna o membro mais versátil do time.

A interface do jogo é bastante simples e intuitiva e, no geral, você não vai ter grandes dificuldades de se adaptar a ela. Os controles não são nada extremamente complexo e é bem fácil navegar pelos menus e controlar as ações dos personagens. O que você vai levar mais tempo para se familiarizar vai ser o sistema em si. Conforme os personagens vão upando, novas habilidades são desbloqueadas e devem substituir as antigas, e é provável que leve um tempo até você se familiarizar com todos os atributos e encontrar as melhores combinações para a turma toda.

Uma das principais melhorias em relação aos anteriores foi que agora é possível controlar individualmente qualquer membro da sua party. Nos títulos anteriores, era possível controlar apenas o protagonista enquanto os outros personagens ficavam a serviço da IA do jogo, que não era lá muito boa. A opção de combate automático ainda existe e, embora a IA tenha melhorado bastante em relação aos outros, as estratégias que você cria à mão são bem mais eficientes.

Os gráficos do jogo são simples e limpos. Aqui, não teremos um detalhismo extraordinário com cores vibrantes e formas hiper-realistas como em um Final Fantasy da vida, mas ainda assim os gráficos do jogo são bem agradáveis e cumprem bem o seu papel.

A música do jogo é uma de suas características mais marcantes. Aqui, temos uma lista de J-Pop cantados de maneira incrível pela habilidosa Shihoko Hirata, todas contando com um serviço de produção extremamente bem-feito, o que é muito bom de se ouvir em meio aos vários temas orquestrais que temos nos jogos. Não entendam mal, eu gosto de temas orquestrais e do ar épico que eles adicionam em um jogo, mas justamente por ser fácil fazê-los hoje em dia, acabaram surgindo muitos, e é bom dar uma variada. Por isso, a trilha sonora de Persona 4 é justamente uma das melhores coisas do jogo.

Um dos fatores que me impressionaram no jogo foi a dublagem. Sejamos sinceros, a dublagem americana é um pedaço de lixo radioativo, principalmente nos games. Notem que eu não tô falando dos voice actors, esses sim são quase tão valorizados quanto atores e fazem um trabalho incrível, e sim do serviço americano de dublagem e tradução de obras de fora dos EUA. O que não falta são exemplos de jogos que foram dublados porcamente pelos americanos, receberam péssimas traduções e acabaram transformando personagens extremamente carismáticos em seres com tanta personalidade quanto uma batata. Bem, Persona 4 Golden é uma exceção. Digo especificamente o Golden porque parece que trocaram os dubladores da Chie e do Teddie, mas ouvi falar que a dublagem do vanilla não perde em nada. É possível notar que houve um carinho especial dos dubladores para atuar os personagens e sua grande habilidade em sempre colocar o tom de voz e a emoção correta para cada situação. É sem dúvida uma das melhores dublagens já feitas para um jogo. Mesmo assim, o áudio original em japonês ainda tá disponível pra quem prefere ouvir as vozes de Akiras e Shirois ao invés de Steves e Jennifers.

E agora, vamos para a melhor parte do jogo, os social links!

Essa pequena parte da minha vida... Se chama felicidade!
Os social links são, sem sombra de dúvida, a joia da coroa de Persona 4. No jogo, temos a chance de interagir com as pessoas ao nosso redor e aos poucos nos aproximamos delas cada vez mais, sempre descobrindo algo novo sobre eles, suas personalidades, segredos e inseguranças. Você irá aos poucos se apegar a todos cada vez mais intensamente, até que vai chegar o nível onde você irá praticamente vê-los como pessoas reais ou antigos conhecidos.

Sério, se você não se apegar à sua priminha/irmãzinha Nanako logo nos primeiros minutos, cara, então você tá morto por dentro.

E eu falo sério, a profundidade em cada um dos personagens é algo impressionante do início ao fim. Todos eles são incrivelmente humanos e possuem algo com o qual você pode relacionar a si mesmo ou a alguém próximo. Eu mesmo me apeguei pra caramba com o Yosuke porque ele é muito parecido com o meu melhor amigo da época do SENAI, que é tão retardado quanto. Bom, talvez devêssemos ter parado nos soquinhos. Ou não. O dia que eu quebrei a janela do SENAI com a cabeça dele foi bem engraçado. Doces dias de minha adolescência...

Além das relações que você vai criar, os social links vão mostrar o quanto somos premiados com personagens extremamente bem-escritos no jogo. Aos poucos, você vai descobrir o quanto o durão Kanji na verdade é muito inseguro quanto à sua masculinidade, ou conforme seu melhor amigo Yosuke vai aprendendo e valorizar as pequenas coisas, ou que a animada Chie na verdade esconde várias inseguranças por não se considerar “muito feminina”, ou o quanto a doida da Yukiko na verdade sente raiva por sentir que ela não tem muita escolha na vida e vários outros conceitos que levariam um artigo inteiro só pra isso. Existem outros exemplos de JRPGs onde nos apegamos aos personagens, mas geralmente nos apegamos mais aos conceitos, como o “gigante gentil”, a “amiga maluquinha”, o “veterano durão” etc, mas são poucos onde nós conhecemos os personagens de dentro pra fora, desde suas qualidades, seus defeitos, suas características únicas e várias outras coisas, algo que Persona 4 faz com maestria. E olha, no mercado atual, onde estamos saturados de títulos com personagens Mary Sues sem graça nem profundidade nenhuma, P4 é realmente uma lufada de ar extremamente refrescante.

Aliás, conforme os social links vão progredindo, tanto o nível e as habilidades dos seus companheiros quanto os Personas que você cria vão ficando cada vez mais poderosos, o que é um incentivo a mais para passar um tempo com seus amigos.

Você vai ficar impressionado com o quanto você vai se apegar a todos. Você vai rir junto com eles nos momentos divertidos e vai ficar de coração partido quando algo de ruim acontecer, você vai vibrar com cada decisão certa que tomar e vai ficar muito triste quando tomar alguma decisão errada. Como por exemplo a famosa rota do harém. Já adianto um pouco que o jogo permite que qualquer garota que tenha a mesma idade que o protagonista – sim, a mesma idade, por mais que você se esforce, não vai conseguir pegar a enfermeira peteca de 26 anos que pode ou não ter desvirginado o herói em uma das cenas de duplo sentido do hospital – pode se tornar a sua namorada. E eu vou falar, a tarefa mais difícil de Persona 4 não é derrotar o boss final nem criar a build mais apelona, e sim escolher a sua waifu. São tantas opções, desde a fofa Chie, a maluquinha Yukiko, a energética Rise, a tímida e misteriosa Naoto ou até as personagens secundárias, é extremamente difícil escolher qual delas você vai investir até chegar à cena um tanto ambígua da véspera de natal, e isso fica ainda mais difícil já que todas são incrivelmente lindas e, graças à profundidade oferecida pelo jogo, cada uma tem uma personalidade única. Bem, sim, existe uma rota do harém onde você pode namorar todas ao mesmo tempo. Na versão vanilla, isso não trazia consequência nenhuma, mas se você estiver jogando o Golden, MEU AMIGO, mas isso vai MUITO se virar contra você uma hora e vai fazer você se sentir a escória da humanidade. E é tudo o que eu digo, se ficou tão curioso assim, tente ver por sua própria conta e risco.

Tem uma cena em específico que me fez chorar como uma garotinha e que com certeza vai fazer você chorar também e vai fazer você tomar uma decisão errada. Não se preocupem, não vou dar nenhum spoiler aqui, mas acho que quem jogou já sacou de que cena eu tô falando.

A-R-T-E!
Finalmente, Persona 4 é um jogo incrível que nunca para de surpreender, posso dizer que é um título obrigatório para quem tem um PS2, PSVita ou PC, e que sem dúvidas é um dos melhores jogos já feitos na história. Pode comprar, garanto que não vai se arrepender. São mais de 100 horas de jogo garantidas e vale muito a pena, pode ter certeza de que mais nada vai rodar no seu PC ou console por algumas semanas. Mesmo assim, aconselho comprar a versão Golden por conta da grande quantidade de material adicionada.

Mesmo assim, também devo dizer que não é um jogo pra qualquer um. Você precisa ter um bom domínio do inglês se quiser jogar, ou não vai entender quase nada do jogo e vai perder o que ele tem de melhor a oferecer: sua história. Além disso, você também precisa ter paciência para ler diálogos longos (que mesmo assim são muito bons, vale a pena) e pra se planejar MUITO bem. Você precisa se planejar para estudar, sair com os amigos, upar suas habilidades sociais, farmar e subir de nível, tudo isso em um tempo limitado. Sim, o tempo é de extrema importância aqui e, infelizmente, não vai dar tempo de fazer tudo o que você quer. Se você, assim como eu, for do tipo de jogador que gosta de sugar até a última gota que um jogo tem a oferecer, já aviso desde já que vai ter que zerar umas duas ou três vezes até conseguir.

Resumindo, se você simplesmente jogar por jogar, vai perder as melhores partes do jogo.

Se mesmo assim você ficou salivando pra jogar, então não perca mais tempo! Compre e jogue logo e não se arrependa!


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